Atualizado em 17/12/2021
A União Química planeja cultivar e monitorar as plantas no Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais, em parceria com a ONG Ipê.
Defendendo o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, a União Química decidiu plantar 1 milhão de árvores. A empresa lançou o Programa Raízes da União, na manhã deste sábado (11/12), no Parque da Cidade Parque da Cidade Sarah Kubitschek.
A iniciativa faz parte das comemorações do aniversário de 85 anos da empresa. A União investirá R$ 30 milhões em diversas ações de impacto social e ambiental. Deste total R$ 2 milhões serão injetados no plantio das mudas. O programa conta com a parceria da ONG Ipê – Instituto de Pesquisa Ecológica.
Inicialmente, a empresa doou 7 mil mudas para os colaboradores. Agora, em conjunto com ONG Ipê, fará o levantamento dos locais adequados para o plantio das árvores. A plantação seguirá critérios técnicos, priorizando unidades de conservação, áreas degradadas, entorno de nascentes, mata ciliar de rios e córregos.
As plantações serão monitoradas. “Vamos acompanhar o plantio e o crescimento dessas árvores”, afirmou o presidente da União Química, Fernando de Castro Marques. A partir do monitoramento por especialistas, a empresa vai avaliar a eficiência, eficácia e efetividade da ação.
“Uma vez que existe gente cortando árvores, para a nossa companhia é muito importante plantar e ensinar as pessoas a plantar. Se alguém corta uma árvore, temos que plantar novas e nativas”, pontuou. No DF, por exemplo, serão plantadas mudas de Angico, Copaíba, Bálsamo, Pereiro, Chichá, entre outras.
Mudanças climáticas
Diante da ameaça crescente das mudanças climáticas, o mundo busca novas formas de desenvolvimento sustentável. “A gente está vendo as alterações do clima, as temporadas de chuvas, a extensão da seca, uma série de modificações. Tudo isso nos assusta muito. Precisamos enfrentar tudo isso a curto, médio e longo prazo”, destacou.
“Nós temos que agir hoje para minimizar o problema de amanhã. No momento em que nós temos os bons agricultores e pecuaristas fazendo um trabalho social e ambiental, é importante trabalharmos também. Vamos levar esse exemplo para que os pais ensinem os filhos a plantar árvores”, sugeriu.
Segundo o ex-governador do DF e atualmente diretor de negócios internacionais da União Química, Rogério Rosso, o Parque da Cidade é uma referência para a população do DF. “A gente está começando o projeto por aqui. Isso tem um simbolismo. É a capital do Brasil. No lançamento do programa, duas mil mudas foram distribuídas no parque.
Vegetação natural
De acordo com Rosso, as mudas serão plantadas no Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais. “De forma a preservar a vegetação natural e acompanhar essas árvores. Porque a gente está pensando nessa geração, mas estamos preocupados principalmente com as futuras gerações”, assinalou.
“Nós temos a preocupação que você precisa manter o meio ambiente ou, até mesmo, melhorar naquele local onde você tem a sua produção, a sua indústria”, concluiu Rosso. Por isso, a União Química espera sensibilizar outras empresas a colocar em marcha iniciativas semelhantes.
Em Brasília, o projeto busca consolidar uma parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF). O Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, José Sarney Filho, avalia positivamente o projeto e estuda incorporar o plantio em ações locais de defesa da natureza.
Descoberto e Paranoá
A princípio o governo estuda a parceria para revitalização e recuperação das áreas degradas da Orla do Lago Paranoá. O GDF também pondera utilizar as mudas no resgate de nascentes nas bacias do Descoberto e do Paranoá.
Segundo Sarney, o bioma do Cerrado está ameaçado e sofre com mais de 50% de desmatamento. “O plantio da soja, sem regramentos, está atingido as nascentes, os serviços ambientais que o Cerrado presta, na produção de água principalmente. Aqui é o berço das águas”, alertou.
Além reeducação ambiental, para o secretário o plantio é uma forma de combater as mudanças climáticas. As árvores absorve gases do efeito estufa. As vegetações preservam nascentes e cursos d’água.
“As empresas privadas estão cada vez mais integradas na luta contra a mudança climática. Hoje cuidar do meio ambiente para esses empresas faz um diferencial importante, inclusive no mercado. É uma bandeira do bem e uma luta internacional contra as mudanças climáticas”, explicou.
Sobrevivência e vivência
Durante a caminhada no Parque da Cidade, a psicóloga Juliana Borges Fiuza, de 53 anos. “A gente faz parte meio ambiente. Às vezes, o ser humano esquece que faz parte da natureza, de que qualquer planta é importante e que qualquer animal é importante. Às vezes o ser humano, por ter esse cérebro magnifico, esquece que tudo faz parte da nossa sobrevivência e da nossa vivência”, comentou.
Para Juliana, a população precisa prestar atenção. contemplar e observar a natureza. “Hoje em dia pesquisas cientificas apontam que se você estiver perto da natureza terá uma qualidade de vida bem melhor. Não dá mais para negar. Não é só sabedoria. É ciência”, arrematou.