Atualizado em 31/12/2020
Fonte: G1
Solicitação foi encaminhada na noite desta terça (29). Testes realizados na Rússia concluíram que a vacina, que já está sendo aplicada em Belarus e na Argentina, tem eficácia de 91,4% após a aplicação de duas doses.
A farmacêutica União Química pediu autorização à Anvisa para os testes da fase 3 da vacina russa. A solicitação foi encaminhada na noite de terça (29). Os testes já realizados na Rússia concluíram que a vacina Sputnik, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, tem eficácia de 91,4% após a aplicação de duas doses.
A Anvisa informou que já fez reuniões com representantes da farmacêutica União Química e que deve analisar o pedido em até 72 horas. O laboratório disse que, mesmo antes da conclusão dos testes da fase 3 no país, pretende pedir a autorização para uso emergencial da Sputnik no Brasil.
“O pedido de testes da fase faz parte das regras da Anvisa, o que não significa que nós não podemos pedir o emergencial, mas mesmo pedindo o emergencial, os testes continuam acontecendo de acordo com as regras da Anvisa”, disse Rogério Rosso, diretor da União Química.
O laboratório pretende fabricar as doses já em janeiro, com previsão de até 8 milhões por mês.
“Nós vamos produzir desde o ingrediente farmacêutico ativo, o IFA, da vacina até o envase, o fracionamento, aqui no Brasil. Uma transferência plena de tecnologia com produção de uma empresa brasileira, 100% nacional, dessa vacina”, explicou Rogério Rosso.
O governo russo tem parceria com dois estados: Bahia e Paraná. O Instituto de Tecnologia do Paraná informou que pode ajudar na fase 3 dos testes e que vai prestar apoio técnico e científico para incluir a vacina no Programa Nacional de Imunizações.
O governo da Bahia ofereceu o Instituto Couto Maia como centro de pesquisa para testagem da vacina russa e aguarda autorização da Anvisa. A Sputnik já está sendo aplicada desta terça (29) em Belarus e na Argentina. Na Rússia, mais de 200 mil pessoas já receberam o imunizante.
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