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Atualizado em 06/01/2025
A alimentação das vacas leiteiras é um fator determinante na qualidade do leite produzido e na produtividade dos animais.
Um manejo nutricional adequado garante não apenas a saúde e o bem-estar animal, mas a viabilidade econômica da produção leiteira.
Neste guia completo, vamos explorar como formular dietas balanceadas para atender às necessidades das vacas leiteiras em diferentes momentos de seu ciclo reprodutivo.
Acompanhe a leitura e entenda como cada componente nutricional pode melhorar o desempenho de produção.
A alimentação adequada do gado de leite é fundamental para a saúde e a produtividade dos animais.
Em geral, as necessidades alimentares variam conforme a fase de vida, incluindo mantença, produção, ganho de peso e gestação.
Em cada uma dessas fases, é indispensável oferecer alimentos na quantidade e qualidade certas para atender a essas demandas.
Dietas inadequadas podem levar a quedas na produção de leite e comprometer o desempenho do rebanho.
As necessidades nutricionais das vacas não são fixas, mas variam de acordo com diversas características, como a fase de produção (lactação, gestação, seca), o peso corporal e as condições ambientais.
Em geral, a energia é o nutriente mais demandado, seguido pelas proteínas, minerais e vitaminas. Confira os principais nutrientes necessários:
Para atender às exigências nutricionais do gado leiteiro, a dieta combina volumosos, como silagem, feno e capim picado, com concentrados ricos em energia e proteínas, além de minerais e vitaminas.
A proporção entre esses alimentos varia de acordo com a fase de lactação da vaca, sua produção de leite e a qualidade dos volumosos disponíveis. Adiante falaremos sobre como funciona a proporção em cada fase.
Em geral, vacas em lactação consomem cerca de 3% de seu peso em matéria seca diariamente, com o consumo variando conforme a produção de leite.
Como a alimentação representa de 40% a 60% dos custos de produção, uma nutrição eficiente é essencial para garantir resultados econômicos e produtivos no sistema leiteiro.
Para implementar um sistema de alimentação eficiente, diversos fatores devem ser considerados para garantir a saúde e a produtividade do rebanho. De acordo com a Embrapa, é essencial avaliar:
Confira também: Manejo de vacas leiteiras: como fazer e cuidados durante o processo
A nutrição das vacas leiteiras deve considerar as cinco fases do ciclo produtivo, com requisitos específicos para cada uma. Esses estágios são:
Nos próximos tópicos, abordaremos a nutrição de cada fase em detalhes, acompanhe!
No início da lactação, a produção de leite aumenta rapidamente, alcançando o pico entre 6 e 8 semanas após o parto.
Nessa fase, o consumo de alimentos geralmente não acompanha a alta demanda energética, levando à mobilização de reservas corporais e à perda de peso.
Para minimizar esse impacto, a dieta deve incluir ração ajustada com níveis adequados de energia e proteína.
O aumento gradual da quantidade de grãos, até 0,5 kg por dia, é indicado, mas nunca deve ultrapassar 60% da matéria seca total, para evitar acidose e baixa gordura no leite.
A fibra deve ser mantida em no mínimo 18% de FDA e 28% de FDN, com partículas de forragem de pelo menos 5 cm para favorecer a ruminação.
Proteínas também são críticas, podendo alcançar 19% da proteína bruta na ração para sustentar a alta produção.
Oferecer forragem de alta qualidade, acesso constante ao alimento e minimizar o estresse são práticas essenciais para evitar cetose e garantir uma boa produção ao longo da lactação.
No pico de consumo, as vacas atingem o máximo de ingestão alimentar, o que é essencial para sustentar a alta produção de leite. Nesta fase, elas devem parar de perder peso e começar a ganhar pequenas quantidades diárias.
Para tanto, a ração deve conter até 40% de carboidratos não fibrosos, enquanto a qualidade da forragem continua sendo importante para manter a função ruminal e o teor de gordura no leite.
Para otimizar o consumo de alimento, é fundamental fornecer alimentos de alta qualidade várias vezes ao dia, limitar o uso de ureia a cerca de 100 gramas diários e reduzir as condições de estresse.
Problemas como cetose e queda na produção de leite podem surgir se esses cuidados não forem tomados.
Na metade e reta final da lactação, a produção de leite diminui e a vaca entra em gestação. Os nutrientes necessários são mais fáceis de atender, permitindo reduzir a energia na dieta e repor as reservas corporais.
Vacas jovens, especialmente as de primeira cria, necessitam de aproximadamente 20% a mais de nutrientes para atender às demandas de crescimento e produção.
Nesta fase, é possível aumentar a inclusão de ureia na ração sem comprometer a saúde do animal.
Apesar de ser um período mais estável, a produção de leite pode cair de 8% a 10% ao mês, exigindo ajustes na dieta para evitar declínios maiores. O bom manejo nessa etapa prepara o animal para o próximo ciclo.
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O período seco é essencial para preparar a vaca para a próxima lactação. A dieta deve atender às necessidades de manutenção, crescimento fetal e reposição das reservas corporais.
Recomenda-se uma ração com 12% de proteína bruta e consumo de matéria seca equivalente a 2% do peso vivo. Forragens devem compor pelo menos 50% da matéria seca total, enquanto grãos não devem ultrapassar 1% do peso vivo.
O equilíbrio de cálcio (60 a 80 g/dia), fósforo (30 a 40 g/dia), vitaminas (A, D e E) e minerais traços como selênio ajudam a prevenir problemas metabólicos.
Mas considere que vacas obesas estão mais propensas a desordens como febre do leite e retenção de placenta.
Ajustar a dieta, iniciar a transição duas semanas antes do parto e evitar excessos de nutrientes são práticas essenciais para um manejo eficiente.
O período seco é fundamental para a saúde e o bem-estar da vaca leiteira. É durante essa fase que ela se prepara para a próxima lactação, recuperando suas reservas de energia e desenvolvendo o feto.
Duas semanas antes do parto, deve-se incluir gradualmente grãos na dieta para adaptar a microbiota ruminal e estimular as papilas responsáveis pela absorção. Aumentar a proteína e reduzir gorduras na ração também ajuda a manter o consumo de alimentos.
Suplementar sais aniônicos ou niacina pode prevenir cetose e febre do leite.
É importante evitar o excesso de nutrientes, especialmente cálcio e fósforo, pois isso pode levar a desequilíbrios minerais e problemas metabólicos.
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A atenção à alimentação das vacas leiteiras é essencial para garantir saúde, produção eficiente e qualidade do leite.
Afinal, cada fase do ciclo produtivo demanda um manejo alimentar específico, sempre alinhado às necessidades do animal.
Para mais informações sobre o tema, acesse nosso blog e confira outros artigos sobre nutrição animal.
Fontes: