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Parvovirose canina: saiba o que é e como tratá-la!

Atualizado em 10/06/2024

A parvovirose canina é uma doença contagiosa e causada pelo vírus Parvovírus Canino (CPV). Seus sintomas são considerados graves e afetam tanto a saúde quanto a qualidade de vida dos cães. Inclusive, pode ser fatal se não tratada adequadamente.

Ainda que a vacinação seja a pedra angular na prevenção da parvovirose, os tutores devem conhecer melhor a manifestação, a forma de contágio e aprender sobre os riscos da doença. Assim, fica mais fácil prevenir-se contra ela e garantir a proteção adequada não apenas do seu pet, mas de todos ao redor.

Boa leitura!

O que é a parvovirose canina?

A doença é viral (causada pelo Parvovírus Canino — CPV), cuja partícula é bastante resistente ao ambiente. Ou seja: ela pode persistir em áreas contaminadas por longos períodos.

Também vale destacar que ela é altamente contagiosa e afeta principalmente os cães — com prevalência em filhotes e em cães não vacinados. Uma vez infectados, os cães sofrem principalmente no trato gastrointestinal do animal, resultando em sintomas graves.

Por isso, a prevenção da parvovirose é fundamental. E esse processo é valioso a partir da obediência a um calendário de vacinação para desenvolver a imunidade adequada e, consequentemente, evitar a propagação do vírus.

Como a parvovirose é transmitida?

O principal método de transmissão da parvovirose canina ocorre por via oral (o contato direto com o vírus, portanto). Isso pode acontecer quando os cães entram em contato com fezes contaminadas ou objetos e superfícies que foram expostos ao vírus. 

Por exemplo: é comum que os cães cheirem, lambam ou mesmo ingiram fezes. Se o animal em questão estiver infectado, o cãozinho que entrou em contato com essas fezes pode contrair a doença, já que ela é muito contagiosa.

Leia também: Verme em cachorro: 7 principais sintomas e saiba como tratar!

E,como adiantamos, o CPV é resistente e pode permanecer viável em ambientes externos por meses. Imagine, então, o que pode acontecer quando cães não vacinados entram em contato com objetos contaminados, como:

  • tigelas de comida;
  • coleiras;
  • camas;
  • gramado;
  • áreas onde um cão infectado tenha defecado.


Também pode acontecer a transmissão vertical, que ocorre quando a mãe é infectada durante a gestação, passando o vírus também para os filhotes.

E existe, ainda, o contágio por meio do contato com fluidos corporais, como a saliva, urina e o vômito de cães infectados.

Quais são os principais sintomas da parvovirose canina?

A parvovirose canina é uma doença séria que afeta especialmente os cães jovens, e pode apresentar sintomas intensos que exigem atenção veterinária imediata. 

Compreender os sinais da doença contribui, inclusive, para uma intervenção precoce. O que também ajuda a promover uma recuperação mais rápida e eficaz.

Conheça, então, os principais sintomas da parvovirose canina.

Vômito

O vômito é frequentemente um dos primeiros sinais clínicos da parvovirose canina. Os cães infectados podem apresentar vômitos repetidos, muitas vezes acompanhados de um odor forte e desagradável. 

Esse sintoma contribui para a desidratação, um desafio adicional durante o curso da doença.

cachorro filhote com diagnostico de parvovirose canina


Diarreia

A diarreia é uma característica distintiva da parvovirose canina e é geralmente grave. 

As fezes podem ser líquidas, com uma coloração acinzentada e, frequentemente, contêm sangue. Além disso, a diarreia persistente contribui significativamente para a desidratação e a perda de nutrientes essenciais, tornando a recuperação mais desafiadora.

Apatia

A apatia é comumente observada em cães com parvovirose. Os animais infectados se tornam notavelmente letárgicos, demonstrando uma falta de interesse em atividades que normalmente os deixa entusiasmados.

Essa apatia é um sinal de desconforto e fraqueza, indicando a severidade da doença. Até por isso, é um sinal a ser observado, já que muitos tutores confundem a apatia com indisposição temporária, por exemplo, prejudicando um diagnóstico mais rápido e efetivo.

Febre

A febre é uma resposta comum do corpo a uma infecção. Cães com parvovirose podem desenvolvê-la, portanto, sendo que a elevação da temperatura corporal nada mais é do que um sinal adicional de que o sistema imunológico está tentando combater a infecção.

Justamente por isso, a medição da temperatura é uma prática comum para avaliar a gravidade da doença.

Desidratação

A desidratação é uma complicação séria associada à parvovirose canina. O vômito e a diarreia intensos levam à perda significativa de líquidos e eletrólitos, resultando em desequilíbrios hidroeletrolíticos. 

Portanto, vale se atentar a isso, uma vez que a desidratação requer atenção urgente e intervenção veterinária para restaurar o equilíbrio hídrico e evitar complicações adicionais.

Como a parvovirose canina é diagnosticada? 

O diagnóstico da parvovirose canina envolve uma combinação de exames clínicos, testes laboratoriais e avaliação do histórico médico do animal. 

Após a suspeita da doença — normalmente, a partir da avaliação dos sintomas —, a ida ao veterinário vai direcionar o animalzinho à necessidade do exame clínico.

Nele, o veterinário realizará uma análise detalhada e podendo solicitar um testes de fezes. Essa amostra pode ser analisada para detectar a presença do vírus ou, ainda, ser complementada (ou substituída) pelo exame de sangue, que avalia a contagem de glóbulos brancos (frequentemente reduzida em cães com parvovirose).

dono segurando cachorro bulldog com parvovirose canina


A PCR é outra técnica usada para o diagnóstico da parvovirose canina. Trata-se de uma técnica molecular que permite a detecção direta do material genético do vírus no sangue ou nas fezes do cão. Esse teste é sensível e específico para o diagnóstico da doença.

Lembre-se, inclusive, que o diagnóstico precoce é crucial para o tratamento bem-sucedido. Se um cão apresentar sintomas suspeitos, os tutores devem procurar imediatamente a orientação de um veterinário para desenvolver um plano de tratamento ágil e adequado.

Quais são os tratamentos para a parvovirose canina?

O tratamento da parvovirose canina é uma abordagem multifacetada que visa aliviar os sintomas, combater as complicações e dar suporte ao sistema imunológico do cão. 

O tratamento geralmente é realizado em ambiente hospitalar, pois a doença pode ser grave e exigir cuidados intensivos. E, no geral, inclui alguns componentes-chave para a plena recuperação dos pacientes, como:

  • terapia de fluidos (via intravenosa) é essencial para restabelecer o equilíbrio hídrico e corrigir a desidratação;
  • nutrição intravenosa (ou através de tubos de alimentação) para fornecer nutrientes essenciais durante o tratamento;
  • controle de vômitos e diarreia por meio de medicamentos que tratam os sintomas e também ajudam a minimizar a perda de líquidos e nutrientes;
  • medicamentos antivirais podem ser prescritos para combater diretamente o vírus da parvovirose;
  • controle da febre a partir de medicamentos antipiréticos para aliviar o desconforto do animalzinho;
  • isolamento para evitar a propagação do vírus para outros animais saudáveis;
  • monitoramento contínuo por parte do veterinário.


Mas também vale reforçar: a prevenção por meio da vacinação é a maneira mais eficaz de proteger os cães contra a parvovirose.

A parvovirose canina pode deixar sequelas?

Alguns problemas podem persistir, sim, especialmente em casos mais graves da doença.

Por exemplo: a parvovirose pode causar danos significativos ao revestimento do intestino, levando a uma diminuição da absorção de nutrientes. Em casos graves, isso pode resultar também na má absorção de nutrientes, o que afeta a saúde geral do cão.

A infecção por parvovírus também pode comprometer o sistema imunológico, deixando o cão mais suscetível a outras infecções. E no caso de cães filhotes, uma das sequelas pode ser percebida no retardo do crescimento. Isso pode afetar o tamanho, peso e desenvolvimento geral do paciente.

Mas dá para dizer, ainda, que nem todos os cães que contraem parvovirose desenvolverão sequelas. A gravidade da doença, a prontidão do tratamento e a resposta individual de cada animal desempenham papéis significativos na determinação do impacto a longo prazo.

Como prevenir a contaminação por parvovirose canina?

A prevenção da parvovirose canina é, como já destacamos, principalmente conduzida a partir de um cronograma de vacinação seguido à risca. A série inicial de vacinas é geralmente administrada durante os primeiros meses de vida, e reforços regulares são necessários ao longo da vida do animal.

Mas também é essencial que os tutores evitem o contato com animais doentes, sigam uma rotina de higiene rigorosa (para evitar que superfícies e objetos sejam e permaneçam contaminadas caso entrem em contato com animais infectados) e tenham total atenção com a desinfecção dos ambientes caso tenham um cão com parvovirose em casa.

Além disso, a educação e conscientização são muito importantes. Afinal, é o que permite às pessoas mais atenção com relação aos sintomas da doença, permitindo a assistência veterinária imediata para o manejo adequado da doença.

Vale mencionar, aqui, que a União Química tem total especialização no assunto. Não à toa, nossa vacina Viratec tem tudo aquilo que os seus animais de estimação precisam!

Conclusão

A parvovirose canina é assunto sério: ela acomete principalmente os filhotes e cães não vacinados, e o vírus é tão resistente quanto agressivo, o que aumenta a gravidade da doença uma vez manifestada.

Até por isso, reforçamos ao longo deste texto o quão importante é a vacinação no combate à parvovirose. Mas além das agulhas, a higiene meticulosa e a consciência constante desempenham papéis importantes no processo preventivo. Enquanto isso, cabe aos tutores um olhar cuidadoso e atento aos sinais que seus cães manifestam, pois o tratamento imediato se faz elementar.

Até por isso, vale destacar: a parvovirose, embora desafiadora, não é invencível quando enfrentamos com conhecimento, precaução e ação.

Fontes:
Parvovírus canino: uma abordagem evolutiva e clínica
Parvovirose canina: da contaminação ao tratamento clínico e prevenção





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