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Atualizado em 05/03/2024
A vaginose bacteriana é um problema que afeta muitas mulheres, caracterizado pelo desequilíbrio bacteriano na flora vaginal. Isso resulta em sintomas desagradáveis, como odor na região genital, corrimento anormal e desconforto.
Embora não seja uma infecção sexualmente transmissível (IST), fatores como duchas vaginais e práticas sexuais podem aumentar o risco. Por isso, o diagnóstico preciso e o tratamento adequado são essenciais para aliviar os sintomas e prevenir recorrências.
Neste post, vamos tratar de tudo o que você precisa saber para conhecer, prevenir e tratar a vaginose bacteriana.
As vaginoses bacterianas são desequilíbrios na flora vaginal — ou seja: quando as bactérias prejudiciais superam as benéficas — causando sintomas desconfortáveis.
Só que, diferentemente de micoses e tricomoníase, as vaginoses bacterianas não são causadas por um agente específico, mas por um desajuste na flora normal..
Com isso, é crucial distinguir entre essas situações, pois cada uma requer abordagens de tratamento distintas. Enquanto micoses são causadas por fungos, e a tricomoníase por um parasita, as vaginoses bacterianas envolvem uma proliferação excessiva de bactérias.
Dessa maneira, o diagnóstico adequado (que deve ser feito por médico) é fundamental para a implementação eficaz do tratamento e alívio dos sintomas associados.
Alguns fatores podem contribuir para a vaginose bacteriana. Entre elas, podemos destacar:
Independentemente das causas acima, a vaginose também pode surgir sem uma causa específica identificável. Com isso, o monitoramento dos sintomas e da sua própria condição é fundamental para gerenciá-la conforme cada caso.
Destacamos os sintomas da vaginose bacteriana, pois, ao entendê-los, você consegue identificar o problema rapidamente para buscar auxílio especializado..
Os sinais mais comuns incluem odor desagradável, especialmente após atividade sexual ou após a menstruação. Ocorrências de corrimento vaginal anormal, geralmente de cor branca ou acinzentada, com bolhas, também são frequentes.
É importante observar que, em muitos casos, as mulheres com vaginose bacteriana podem não apresentar sintomas específicos. Contudo, quando presentes, esses sinais podem variar em intensidade. Algumas mulheres experimentam coceira ou irritação na região vaginal, por exemplo, enquanto outras sentem desconforto ao urinar.
Daí, mais uma vez, o reforço à importância do diagnóstico especializado. Afinal, os sintomas da vaginose bacteriana podem se sobrepor aos de outras doenças, como micoses ou tricomoníase.
A identificação da vaginose bacteriana geralmente envolve uma combinação de avaliação dos sintomas, exame físico e, em alguns casos, exames laboratoriais.
E a avaliação pessoal costuma acontecer primeiro, a partir do reconhecimento de sintomas. A partir daí, uma consulta com ginecologista deve ser marcada para que ele colete todas as informações sobre os desconfortos relatados. E, em seguida, determinar a possível presença de vaginose bacteriana.
O exame pélvico também é uma forma de detecção de vaginoses bacterianas. Durante o procedimento, a vagina é examinada para encontrar sinais visíveis da condição.
Existe, também, o teste de pH para avaliar a acidez da vagina. Ou, ainda, a coleta de amostra de secreção vaginal.
Testes microscópicos também podem ser realizados para examinar a amostra de secreção vaginal em busca de características típicas de vaginose bacteriana, como células “clue” (células epiteliais cobertas por bactérias).
O tratamento para vaginose desse tipo geralmente envolve o uso de antibióticos para eliminar as bactérias causadoras da infecção e restaurar o equilíbrio da flora vaginal.
Os tratamentos comuns incluem a administração dos seguintes medicamentos:
O tratamento pode durar de 5 a 7 dias, dependendo de cada caso, e isso vai ser acordado junto com o seu médico ginecologista. Ainda assim, é crucial completar todo o curso de antibióticos conforme prescrito, mesmo que os sintomas melhorem antes.
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Além disso, abster-se de atividade sexual durante o tratamento pode ser recomendado.
É importante ressaltar que, embora o tratamento resolva a maioria dos casos de vaginose bacteriana, algumas mulheres podem experimentar recorrências.
Nesses casos, pode ser necessário ajustar o tratamento ou considerar medidas preventivas, como o uso de probióticos para promover a saúde feminina. O acompanhamento com um profissional de saúde é fundamental para garantir o melhor tratamento e sem complicações.
A prevenção desempenha um papel crucial na promoção da saúde feminina e no bem-estar geral. Afinal, são medidas assim que evitam o desenvolvimento dessa condição (e previne qualquer desconforto associado) e também contribuem para a manutenção do equilíbrio natural da flora vaginal.
Por isso, a prevenção adequada pode reduzir a necessidade de tratamentos recorrentes e minimizar a possibilidade de complicações a longo prazo. Sem falar que, com isso, as mulheres podem preservar a integridade da microbiota vaginal, essencial para a defesa contra infecções e o suporte à saúde reprodutiva.
Dessa forma, a conscientização sobre fatores de risco e a implementação de estratégias preventivas são passos fundamentais para promover uma saúde vaginal ótima e prevenir a ocorrência recorrente da vaginose bacteriana.
Além disso, a escolha de métodos contraceptivos também pode impactar a saúde vaginal, sendo importante optar por alternativas que não perturbem o equilíbrio da flora. Por isso, a prevenção adequada pode reduzir a necessidade de tratamentos recorrentes e minimizar a possibilidade de complicações a longo prazo.
Confira, a seguir, as melhores formas de prevenir as vaginoses bacterianas.
Manter uma boa higiene íntima é fundamental, mas é importante evitar duchas vaginais, pois podem perturbar o equilíbrio natural da flora vaginal.
Opte por sabonetes suaves e sem fragrâncias, e evite produtos que podem gerar irritação ou sensibilidade na região genital.
O uso prudente de antibióticos tem a sua importância, também, já que esses medicamentos podem afetar negativamente a flora bacteriana.
Somente use antibióticos sob orientação médica e complete o tratamento prescrito pelo especialista.
O uso consistente de preservativos durante as relações sexuais pode ajudar a reduzir o risco de infecções e da vaginose bacteriana.
Além disso, é importante manter a comunicação aberta com o parceiro sobre saúde sexual. Dessa forma, incorporar o uso de preservativos como parte regular das práticas sexuais, especialmente ao iniciar um relacionamento, deve ser algo presente na sua rotina.
Uma alimentação saudável também contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e pode influenciar a saúde geral, incluindo a saúde vaginal.
Consumir alimentos ricos em probióticos, como iogurte com culturas vivas, pode ser benéfico. Experimente, também, incluir alimentos fermentados, como chucrute ou kefir, na dieta para promover o equilíbrio das bactérias benéficas no corpo.
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Vaginoses bacterianas representam uma situação comum que impacta a saúde íntima das mulheres, destacando a importância de medidas preventivas e uma compreensão abrangente sobre seus fatores de risco e tratamento.
A manutenção da higiene íntima surge como um pilar fundamental na prevenção, embora práticas excessivas possam perturbar o delicado equilíbrio da flora vaginal. Além disso, a moderação no uso de antibióticos é essencial, reconhecendo o potencial impacto negativo desses medicamentos na microbiota vaginal — especialmente, para quem se automedica.
Também falamos sobre a incorporação consistente de preservativos durante as relações sexuais não apenas oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mas na prevenção da vaginose bacteriana.
Por isso, estabelecer práticas preventivas como parte integrante do autocuidado é essencial para preservar a saúde vaginal e reduzir a incidência de recorrências.
Fontes
Perfil clínico e microbiológico de mulheres com vaginose bacteriana
Prevalência e fatores associados à vaginose bacteriana